domingo, 11 de janeiro de 2009

HISTÓRIA DO OPERÁRIO, PARTE 02

Operário Bi-Campeão da Taça Cuiabá 1972/73 - Em Pé: Alair, Paulinho, Gaguinho, Joel Diamantino, Carlos Pedra e Lira. Agachados: El Passo(Massagista), Zé Pulula, Lucio Mineiro, Bife, Dirceu Batista, Odenir "Upa Neguinho". Mascostes são Manchinha e Gigi Boi da Escola de Futebol Bufallo Gil.







Edvaldo Ribeiro o unico presidente tri-campeão na história do Operário. Na foto com o Prefeito Jaimes Campos em 1987, ano da conquista do tri-campeonato.







Plantel Tricolor no inesquecível titulo de Primeiro Campeão Estadual de Futebol Profissional em Mato Grosso no ano de 1973





Operário Campeão Estadual em 1985.






Delegação Tricolor com destino a Corumbá, onde venceu a Corumbaenese de virada por 3X2, conquistando o titulo Norte/Sul Mato-grossense em 1973. O falecido Treinador Nivaldo Santana aparece de terno preto, com uma pasta na mão.




Título no Sul e Fracassos


Após a vitoriosa campanha de 1973/74, nos meados do ano, a constelação tricolor foi desfeita, com Bife e César, vendidos ao Comercial de Campo Grande, Ruiter retornando ao Mixto, e vários outros craques negociados. Do plantel antigo ficaram Zé Pulula (Lula ), Carlos Pedras e Odenir. Novas contratações foram feitas, a saber: O goleiro Orlando “ Gato Preto”( ex-Portuguesa de Desportos, São Cristóvão –RJ e Juventus – SP), Gersinho do São Paulo, Magela do Ceará, Bota do Dom Bosco, Vandinho, Marcos e Nezinho do Guarani de Campinas, e do futebol amador cuiabando, novas caras surgiram, entre eles, Carlos Victor, Nélio Ramos, Zezinho, Juquinha, Índio, Jadir e Teco.
No primeiro semestre, com Nivaldo Santana na direção, como campeão do Norte, disputou com a Corumbaense, campeã do Sul, o título Norte/Sul, em uma única partida realizada no Estádio Arthur Marinho em Corumbá. De virada, com gols de Ruiter, Gersinho e Zé Pulula, venceu por 3 X 2, após perder o 1º tempo por 2 X 0, com Garrafinha e o zagueiro Nei anotando os gols do time sulino, que contava ainda com o goleiro Miranda, Ramon, Dionísio, Miguel e Calábria. O Operário foi campeão com Orlando “Gato Preto”(Carlos), Paulinho, Marcos, Nezinho( Mica) e Bota; Magela, Valdécio ( Wilson) e Gersinho; Zé Pulula , Bife e Odenir. Após a conquista deste título, o tricolor negociou o ponta direita Zé Pulula com o Paulista de Jundiaí, onde conforme os bastidores esportivos, aconteceu uma ponte na negociação, com os irmãos Álvaro e Oscar Sacolfaro ( ex- Árbitro da FPF) acertando a troca de Zé Pulula ( no futebol paulista passou a se chamar Lula), pelos jogadores Mosca, Adalberto, Adilson e Humberto com a Ponte Preta, que imediatamente, repassou o ponta mato-grossense ao Paulista de Jundiaí. O tricolor com a inauguração oficial do Estádio Governador José Fragelli ( Verdão) em 1976, ficou 10 anos sem ganhar nada, pois, após a divisão do Estado em 1979, o Mixto reinou, ganhando todos os títulos, só perdendo a hegemonia para o tricolor em 1983, quando o presidente Branco de Barros assumiu mais uma vez a presidência do clube, e fez várias contratações, e ganhou o campeonato. O falecido treinador Nivaldo Santana, apontado na pesquisa como o melhor treinador do Operário em todos os tempos, além dos profissionais, comandava o Chicote desde as categorias de base.
Em 1984 o Operário fez uma ótima campanha no Campeonato Brasileiro, inclusive empatando com o Corinthians Paulista no Canindé em 0 X 0. Passou para segunda fase, e quem não se lembra do gol de Mosca de bicicleta contra o Botafogo Carioca, e no returno, a vitória contra o mesmo Botafogo em São Januário por 1 X 0, gol de Mosca de penalte. OBS: No 2º tempo, após o goleiro Mão de Onça do Operário defender um penalte cobrado por Cláudio Adão, o cantor Aguinaldo Timóteo entrou em campo, e chorando pela má fase do clube do seu coração, abraçou o artilheiro Cláudio Adão.



Tri-campeonato

Começava o ano de 1985, e o Operário tinha o radialista londrinense Edvaldo
Ribeiro ( ex- Rádio Paiquerê de Londrina – PR e Clube de Campo Grande – MS) como presidente. Com ele idéias novas, contratações de peso, e a formação de um super time. Na decisão diante do Mixto, uma goleada por 5 X 0, com dois gols de Dito Siqueira, Wanderley, Alencar e Lucio “ Bala”.o Time venceu a final com Wandeir ( ex- Goiás ), Nei Dias ( ex- Flamengo), Marião ( ex- São Paulo, Sport Recife e Operário MS), Gilvan ( Vila Nova GO ) e Laércio ( ex- Sertãozinho e Grêmio Maringá); Alencar ( ex- América Carioca e seleção brasileira de novos), Dito Siqueira (Sérgio Luiz) e Wander ( ex- Comercial e Botafogo de Ribeirão Preto); Lúcio “ Bala”( ex- Ponte Preta,Guarani de Campinas, Palmeiras SP, Flamengo e América do Rio de Janiero) - (Nasser), Wanderley ( ex- Mixto e Santo André ) e Ivanildo ( ex- ABC e América de Natal). O paranaense José Calazans era o treinador..
No ano seguinte, Edvaldo Ribeiro reformulou o elenco, conquistando o bi-campeonato após dois empates seguidos com o Mixto em 2 X 2, e na terceira e decisiva partida, com gols de Jota Maria ( gol antológico do meio campo – o goleiro era Mug) e Luisinho, levou a melhor, vencendo por 2 X 0, levando a taça. O time era dirigido por Antonio Malaquias e atuou com Wandeir, Genilson, Ailton Lima, Panzariello ( ex- Campo Grande - RJ) e Laércio; Sérgio Luiz (Ailton Calango), e Mosca; Jota Maria ( ex- Vila Nova - GO e Corinthians Paulista), Luisinho ( ex- Vila Nova GO) e Ivanildo.
Em 1987, o inédito título de tri-campeão aconteceu com Osmar Rodovalho(ex- Goiás e Vila Nova - GO) na direção técnica, com José Roberto Pará como supervisor. Mais uma o vez o “Clássico dos Milhões”, entre Operário e Mixto decidiria o campeonato. Com gol de Pelego no final do jogo, o tricolor fez a festa, garantindo o título. Julio César ( ex- Santo André e Londrina - PR), Caruzo, Laércio, Panzariello e Ozéas; Edmilson, Pelego ( ex- Maringá – PR) (Ailton Calango), e Esquerdinha ( defendeu várias equipes do interior paulista); Nasser, Jorginho e Ivanildo era o time naquela tarde.
Pensando no futuro
Apesar de passar por mãos de pessoas inteligentes e capacidades na administração, após a conquista do tri, só alcançou a glória novamente em 1994/95, onde o presidente Roberto Martins, contando com o apoio de jovens como Maninho de Barros, Chiquito ( falecido recentemente), Carlinhos Batico, Honório Magalhães, e Lulu do Mané Bernardo, contratou o treinador “Búfalo” Gil, ex-craque da seleção brasileira. A seu lado na comissão técnica contava com Gilmar Ferreira (preparador físico), Carlos Pedras (treinador de goleiros), e Geraldo Malaquias (Massagista). O plantel era formado por Hernandes, Agnaldo, Sálvio, Marquinhos, Iúca, Zé Valdo, Bujíca ( ex- Flamengo e Botafogo Carioca), Adrísson, Ferreirinha, Márcio, Jailson, Ado ( ex- Paraná – PR), Edson Luiz, Gersinho, Victor, Índio, Josenilson, Jonas, Wender ( futebol Português) e Abílio. Bujíca foi artilheiro do campeonato com 23 gols.
A decisão aconteceu no dia 04 de agosto de 1995, com o tricolor derrotando o União de Rondonópolis no Verdão por 2 X 1, gols de Vitor aos 12 do 1º tempo, e Iúca aos 04 minutos da 2ª etapa. Berg marcou o gol do União. Joelmes de Jesus apitou o jogo, e como auxiliares, Ari Euclides e Joilson Aleixo. O público de 1.935 pagantes proporcionou uma renda de R$ 19. 350,00. O Operário atuou com Agnaldo, Josenilson, Edson Luis, Índio e Zé Valdo (Adrisson); Ado, Victor, Gersinho e Iúca; Bujica e Wender.
Em 1996 Carlinhos Batico assumiu a direção, e apesar dos esforços, o time não ganhou nada. No ano seguinte, em 1997, Wandir Sguarezzi, com apoio dos jovens Maninho de Barros, Chiquito Barros, Dudu Campos, contando com Carlos Henrique Pedroso (Mosca) como diretor, aliado as experiências de Rubens dos Santos, Branco de Barros e Beraldo Correa, manteve Búfalo Gil no comando técnico, Gilmarzinho na preparação física, Gigi Boi na supervisão e Claudinor Sabiá como mordomo, conquistando mais uma vez o título estadual. Voltou a repetir o feito em 2002, e após passar quatro anos no jejum, ganhou novamente o título em 2006. No ano passado, em 2007, o campeão estadual foi o Cacerense, dirigido pelo ex-goleiro do Guarani, Birigui, e o Operário, dirigido por Gilmarzinho, com Totinha Gomes na presidência, aliado a juventude do filho Giorgio e dos sobrinhos Maninho de Barros e João José, além de Dudu Campos, filho do senador Jaime Campos, procuraram fazer o melhor pelo tricolor mais querido de Mato Grosso.




Acervo de Pulula da Silva.


OPERÁRIO DE TODOS OS TEMPOS – TIME DOS SONHOS
OBS: Matéria do Jornal Correio Várzea-grandense, divulgada pelo Editor de esportes do JC no dia 01 de maio de 2008, quando o tricolor comemorava mais um ano de vida.


Após uma pesquisa realizada recentemente com os torcedores do Operário desde o início dos anos 60, até os dias atuais, na era do profissionalismo, saiu a escolha do melhor time do Chicote da Fronteira de todos os tempos. Seria o time dos sonhos da fiel torcida do tricolor mais querido de Mato Grosso. No futebol atual, esse time faria bonito no Campeonato Brasileiro da Série A, comentaram os mais otimistas. O artilheiro Bife e o meia Mosca receberam indicação unânime da torcida, enquanto que Nivaldo Santana foi apontado pelos torcedores como melhor técnico, e Rubens dos Santos, fundador do clube, o mais completo e dinâmico presidente na história do Clube Esportivo Operário Várzea-grandense.

Em várias posições, a disputa foi voto a voto: ( Gol ) Carlos Pedras, Paulo Vitor,Saldanha e Mão de Onça; ( L. Direito ) JK e Paulinho Rosa; ( Zagueiros ) Glauco, Gaguinho, Gonçalo, Malaquias, Polaco e Panzariello; ( L. Esquerdo) Lira, Laércio e Darcy Avelino; ( P. Esquerda )Odenir, Wender e Ivanildo; ( Meio Campo ) Dirceu Batista, Vitor, Joel, Renato, Pastoril, Poxoréo, Vander, César, Humberto e Ruiter; ( P. Direita ) Zé Pulula, Jota Maria, Ide, Adavilson “Pelezinho” e Lucio “Bala”. Mosca e Bife foram unanimidade, sendo que para apontar o segundo centroavante no time dos sonhos do torcedor, a disputa foi acirrada entre Gilson Lira, Bujica, Fião, Gerson Lopes, Gebara, e teve quem lembrou também de Adalberto “ Brejinho “, Jaburu,Nasser e Jorge Cruz, além de Totinha, Osmar Rodovalho “ Mazinho”, Búfalo Gil e João Batista Jaudy como treinadores.

GOLEIRO: Carlos Pedras – 1972/73/74/75/76
LATERAL DIREITO: JK – 1963/64/67/68/71/72
ZAGUEIRO CENTRAL – GAGUINHO – 1971/72/73/74/78/79
4º ZAGUEIRO – GLAUCO – 1967/68/71
LATERAL ESQUERDO – LAÉRCIO “ABACATE” – 1983/84/85/86/87
MÉDIO VOLANTE – CÉSAR “ DIABO LOIRO” – 1972/73/78/79
MEIA DIREITA – MOSCA – 1976/78/79/80/83/84/86
MEIA ESQUERDA – RUITER – 1973/74/79
PONTA DIREITA – ZÉ PULULA – 1972/73/74/75/78/79
CENTROAVANTE – BIFE – 1971/72/73/74/75/83/85
PONTA ESQUERDA – IVANILDO – 1980/81/82/83/85/86/87/88
TREINADOR – Nivaldo Santana – 1973/1976/77/78/79/83/84
PRESIDENTE – RUBENS DOS SANTOS – 1950/51/52/53/54/55/56/57/58/59/60/62/67/71/72/75/76/81/82







2 comentários:

edson moraes disse...

Parabéns, belo blog e maravilhosa iniciativa num país de memória curta. Cheguei a vê-lo jogar, eu era criança e morava em Corumbá, minha terra natal. Hoje moro em C. Grande, sou jornalista e vivo botando nas páginas fotos e casos do passado, sobretudo do futebol. Podemos fazer um intercâmbio. Gostaria de receber informações e fotos sobre craques vivos ou não como o mágico Ruiter, Mosca, você, Bife (é daqui de MS), os eternos Adavilson e Mão-de-Onça, Lúcio, Nelson, o grande e inesquecível técnico Nivaldo. Um abraço do Edson Moraes
Jornal Folha de Campo Grande

maerço disse...

parabens por mostrar a história de um time campeão como o OPERARIO, esse sim foi o verdadeiro "rolo compressor", e que em breve volte a alegrar os torcedores do chicote da fronteira.