terça-feira, 13 de janeiro de 2009

História do Futebol de Mato Grosso

Pesquisa realizada e divulgação por Pulula da Silva


Mixto de 1978 - Em Pé: Herivelton, Miro, Saldanha, Nelson Vasquês, Luis Carlos Beleza e Matinha. Agachados: Ernane, Traíra, Bife, (?) e ()
Dom Bosco de 1984 - Em Pé: Preparador Físico(?), Paulo Verdun, Niquita, (?), Jandilson, Reporter Dorileo Leal, Rota e (?) Agachados: Cremilson, Vitor, Jadilson, Tide e Biro.

Amistoso do Operário contra o Campeão Brasileiro de 1971 Atlético Mineiro no estádio Dutrinha em 1974. Da direita para esquerda, Massagista El Passo, Bife, Zé Pulula e Malaquias, os que aparecem perfilados.
Pelo que se tem registrado, se é que pode ser identificado como esporte, foi a tourada quem tinha maior popularidade em Mato Grosso no início do século passado. O futebol, considerado como o esporte das multidões, apareceu por aqui através do Padre Antonio Malan em 1902, quando trouxe a primeira bola, adquirida em São Paulo, deixando a juventude alvoraçada, com a “pelota quicando”, e a moçada aprendendo as primeiras lições do esporte britânico. O governo era do presidente Antonio Paes de Barros, que desta forma, entra para história por participar também na introdução do futebol no Estado.
PIONEIROS
Nesse início do século passado, entre 1911 e 1915, surgiram vários times na capital, entre eles, o Paulistano, Royal, Americano, Internacional e Cuiabá Futebol Clube. Esses times, conforme registros, abriram a história do futebol em Mato Grosso. O Internacional, com domicílio no Bairro do Porto, tinha como presidente Gustavo Kulman, sendo formado pelos jovens residentes na área portuária da capital. Já o Cuiabá Futebol Clube, mais elitizado, era presidido por Leovegildo Martins, contando em seu elenco por jovens da sociedade cuiabana na época.
LIGA ESPORTIVA
O futebol já estava no sangue do mato-grossense, e no dia 11 de junho de 1936, era fundada a Liga Esportiva Cuiabana ( LEC ), e teve como presidente o Desembargador José Vieira do Amaral. Paulistano Futebol Clube, Comércio Futebol Clube, Americano Esporte Clube, Associação Atlética Tipografia, todos extintos, e ainda o Mixto Esporte Clube e Clube Desportivo Dom Bosco, únicos remanescentes da época.
1° ESTÁDIO
Tudo organizado na Liga, partiram para a construção de um estádio que tivesse um pouco de estrutura para a realização das partidas. No dia 7 de Setembro de 1936, na administração de Manoel Soares de Campos era inaugurado o primeiro Estádio em Cuiabá, localizado onde hoje abriga o Colégio Estadual Liceu Cuiabano. Consta nos registros que Mixto X Americano era o grande clássico da época, com casa cheia em todos os jogos.
FMD
No dia 26 de maio de 1943 era fundada a Federação Mato-grossense de Futebol ( FMD), com a finalidade de dirigir os destinos de clubes e ligas de Mato Grosso. Os primeiros clubes filiados foram Mixto, Terceiro Distrito, Dom Bosco, Liga Esportiva de Corumbá, Americano, Estado Novo, Liga Mirandense de Futebol, Liga Esportiva Aquidauanense, Liga Três – lagoense de Desportos e Liga Municipal de Amadores de Campo Grande. O primeiro presidente a dirigir a FMD foi Alexandre Arddor Filho, que elaborou o Estatuto Oficial da entidade com o número ( DO /MT) – 29/12/1943, registrado no Cartório do 1° Ofício de Cuiabá um mês depois. O primeiro campeonato organizado pela Federação ainda na categoria amador, foi realizado no ano da fundação, e o Paulistano Futebol Clube da capital conquistou o título
RIVALIDADE
Na década dos anos 50, consta nos arquivos que a maior rivalidade no futebol cuiabano ficou para o clássico Clube Atlético Mato-grossense X Mixto Esporte Clube. O desfile de craques era demais, comentaram os saudosos, recordando de Uir Castilho, Fulêpa, Baicerê, Fião, Dasmaceno, Poxoréo e outros. Em 1958, o jovem dirigente Rubens dos Santos filia seu Operário Várzea-grandense na FMD, valorizando mais ainda o Campeonato Cuiabano. No dia 23 de julho de 1958, o Operário realiza sua primeira partida noturna, e empata com o “Bicho Papão”, Atlético Mato-grossense em 1 X 1, com Fião marcando o gol do time da capital, e Tião Macalé empatando para o tricolor várzea-grandense.
Acervo Pulula da Silva.
Primeira Partida da decisão de 1974, entre Operário e Dom Bosco. Na foto, Gilson Lira disputa a bola com Miro, enquanto Zé Pulula, Paulo César, Adalberto e Bife aguardam o desfecho do lance.
Seleção de Mato Grosso em 1974, jogo beneficiente para ajudar desabrigados da enchente do Rio Cuiabá. Em Pé: Herivelton, Joel Silva, Miro, Saborosa, Saldanha, Bota e Carlito(Massagista). Agachados: Zé Pulula, Valdécio, Lenilson, Dirceu Batista e Celsinho. O jogo ocorreu no Estádio Eurico Gaspar Dutra contra o Combinado Cuiabano.


Professor Ranufo Paes de Barros, eterno dirigente do Mixto.

Pulula da Silva, Correspondente do Jornal A Gazeta Esportiva de São Paulo, entrevista João Torres, presidente da Federação Mato-grossense de Futebol em 1984.



PROFISSIONALISMO
O futebol profissional em Mato Grosso aconteceu em 1967 através de uma iniciativa dos jovens dirigentes Rubens dos Santos, Ranulfo Paes de Barros, Macário Zanacape João de Deus, Silva Freire, Francisco de Assis, e outros, com o Cel. Hélio de Jesus Fonseca sendo escolhido como primeiro presidente da Federação Matogrossense de Desportos ( FMD). O Operário conquistou o título, sagrando – se bi – campeão no ano seguinte.
PRESIDENTES
Vários foram os dirigentes que desde 1943 assumiram a condição de comandar os destinos da entidade maior do futebol mato-grossense, a saber: Alexandre Arddor, Álvaro Miguéis, José Monteiro Figueiredo, Lenine Povoas, Ranulfo Paes de Barros, Otíles Moreira da Silva, Hélio de Jesus Fonseca, Gastão de Mattos Muller, Macário Zanacappe João De deus, Herman Dutra Pimenta, Augustinho Dias Dorileo, Agripino Bonilla Filho, Lourival Nunes Barros, Julio Campos e João Torres. Em 1976 Carlos Orione por indicação do presidente da CBD, Heleno Nunes, assumiu, e com a divisão do Estado ( Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ) em 1977, foi eleito o primeiro presidente da FMF, cargo que foi reeleito em 1986, ostentando até os dias atuais, com o empresário e ex – jogador de futebol, João Carlos de Oliveira Santos, sendo seu vice. A sede onde funciona a entidade foi inaugurada em 1983 na administração João Torres, e está situada na Rua Joaquim Murtinho, Bairro do Porto em Cuiabá.
DUTRINHA
A partir de 1950 o futebol no Brasil se tornava uma arte e paixão popular, e Cuiabá tendo o filho da terra, Eurico Gaspar Dutra na Presidência da República, conseguiu a construção de um Estádio que acompanhasse a evolução do futebol do estado. Consta na história que em 1952, o Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra ficou pronto, e com a festa de inauguração pronta, chega o Chefe maior da Nação em Cuiabá, e ao ver a obra pronta, constatou que o Estádio não tinha sido construído de acordo com o projeto que lhe foi apresentado, ou seja: um Mini – Maracanã. Recusou – se a inaugura – lo, retornando imediatamente ao Rio de Janeiro, a capital brasileira na época.

domingo, 11 de janeiro de 2009

HISTÓRIA DO OPERÁRIO, PARTE 02

Operário Bi-Campeão da Taça Cuiabá 1972/73 - Em Pé: Alair, Paulinho, Gaguinho, Joel Diamantino, Carlos Pedra e Lira. Agachados: El Passo(Massagista), Zé Pulula, Lucio Mineiro, Bife, Dirceu Batista, Odenir "Upa Neguinho". Mascostes são Manchinha e Gigi Boi da Escola de Futebol Bufallo Gil.







Edvaldo Ribeiro o unico presidente tri-campeão na história do Operário. Na foto com o Prefeito Jaimes Campos em 1987, ano da conquista do tri-campeonato.







Plantel Tricolor no inesquecível titulo de Primeiro Campeão Estadual de Futebol Profissional em Mato Grosso no ano de 1973





Operário Campeão Estadual em 1985.






Delegação Tricolor com destino a Corumbá, onde venceu a Corumbaenese de virada por 3X2, conquistando o titulo Norte/Sul Mato-grossense em 1973. O falecido Treinador Nivaldo Santana aparece de terno preto, com uma pasta na mão.




Título no Sul e Fracassos


Após a vitoriosa campanha de 1973/74, nos meados do ano, a constelação tricolor foi desfeita, com Bife e César, vendidos ao Comercial de Campo Grande, Ruiter retornando ao Mixto, e vários outros craques negociados. Do plantel antigo ficaram Zé Pulula (Lula ), Carlos Pedras e Odenir. Novas contratações foram feitas, a saber: O goleiro Orlando “ Gato Preto”( ex-Portuguesa de Desportos, São Cristóvão –RJ e Juventus – SP), Gersinho do São Paulo, Magela do Ceará, Bota do Dom Bosco, Vandinho, Marcos e Nezinho do Guarani de Campinas, e do futebol amador cuiabando, novas caras surgiram, entre eles, Carlos Victor, Nélio Ramos, Zezinho, Juquinha, Índio, Jadir e Teco.
No primeiro semestre, com Nivaldo Santana na direção, como campeão do Norte, disputou com a Corumbaense, campeã do Sul, o título Norte/Sul, em uma única partida realizada no Estádio Arthur Marinho em Corumbá. De virada, com gols de Ruiter, Gersinho e Zé Pulula, venceu por 3 X 2, após perder o 1º tempo por 2 X 0, com Garrafinha e o zagueiro Nei anotando os gols do time sulino, que contava ainda com o goleiro Miranda, Ramon, Dionísio, Miguel e Calábria. O Operário foi campeão com Orlando “Gato Preto”(Carlos), Paulinho, Marcos, Nezinho( Mica) e Bota; Magela, Valdécio ( Wilson) e Gersinho; Zé Pulula , Bife e Odenir. Após a conquista deste título, o tricolor negociou o ponta direita Zé Pulula com o Paulista de Jundiaí, onde conforme os bastidores esportivos, aconteceu uma ponte na negociação, com os irmãos Álvaro e Oscar Sacolfaro ( ex- Árbitro da FPF) acertando a troca de Zé Pulula ( no futebol paulista passou a se chamar Lula), pelos jogadores Mosca, Adalberto, Adilson e Humberto com a Ponte Preta, que imediatamente, repassou o ponta mato-grossense ao Paulista de Jundiaí. O tricolor com a inauguração oficial do Estádio Governador José Fragelli ( Verdão) em 1976, ficou 10 anos sem ganhar nada, pois, após a divisão do Estado em 1979, o Mixto reinou, ganhando todos os títulos, só perdendo a hegemonia para o tricolor em 1983, quando o presidente Branco de Barros assumiu mais uma vez a presidência do clube, e fez várias contratações, e ganhou o campeonato. O falecido treinador Nivaldo Santana, apontado na pesquisa como o melhor treinador do Operário em todos os tempos, além dos profissionais, comandava o Chicote desde as categorias de base.
Em 1984 o Operário fez uma ótima campanha no Campeonato Brasileiro, inclusive empatando com o Corinthians Paulista no Canindé em 0 X 0. Passou para segunda fase, e quem não se lembra do gol de Mosca de bicicleta contra o Botafogo Carioca, e no returno, a vitória contra o mesmo Botafogo em São Januário por 1 X 0, gol de Mosca de penalte. OBS: No 2º tempo, após o goleiro Mão de Onça do Operário defender um penalte cobrado por Cláudio Adão, o cantor Aguinaldo Timóteo entrou em campo, e chorando pela má fase do clube do seu coração, abraçou o artilheiro Cláudio Adão.



Tri-campeonato

Começava o ano de 1985, e o Operário tinha o radialista londrinense Edvaldo
Ribeiro ( ex- Rádio Paiquerê de Londrina – PR e Clube de Campo Grande – MS) como presidente. Com ele idéias novas, contratações de peso, e a formação de um super time. Na decisão diante do Mixto, uma goleada por 5 X 0, com dois gols de Dito Siqueira, Wanderley, Alencar e Lucio “ Bala”.o Time venceu a final com Wandeir ( ex- Goiás ), Nei Dias ( ex- Flamengo), Marião ( ex- São Paulo, Sport Recife e Operário MS), Gilvan ( Vila Nova GO ) e Laércio ( ex- Sertãozinho e Grêmio Maringá); Alencar ( ex- América Carioca e seleção brasileira de novos), Dito Siqueira (Sérgio Luiz) e Wander ( ex- Comercial e Botafogo de Ribeirão Preto); Lúcio “ Bala”( ex- Ponte Preta,Guarani de Campinas, Palmeiras SP, Flamengo e América do Rio de Janiero) - (Nasser), Wanderley ( ex- Mixto e Santo André ) e Ivanildo ( ex- ABC e América de Natal). O paranaense José Calazans era o treinador..
No ano seguinte, Edvaldo Ribeiro reformulou o elenco, conquistando o bi-campeonato após dois empates seguidos com o Mixto em 2 X 2, e na terceira e decisiva partida, com gols de Jota Maria ( gol antológico do meio campo – o goleiro era Mug) e Luisinho, levou a melhor, vencendo por 2 X 0, levando a taça. O time era dirigido por Antonio Malaquias e atuou com Wandeir, Genilson, Ailton Lima, Panzariello ( ex- Campo Grande - RJ) e Laércio; Sérgio Luiz (Ailton Calango), e Mosca; Jota Maria ( ex- Vila Nova - GO e Corinthians Paulista), Luisinho ( ex- Vila Nova GO) e Ivanildo.
Em 1987, o inédito título de tri-campeão aconteceu com Osmar Rodovalho(ex- Goiás e Vila Nova - GO) na direção técnica, com José Roberto Pará como supervisor. Mais uma o vez o “Clássico dos Milhões”, entre Operário e Mixto decidiria o campeonato. Com gol de Pelego no final do jogo, o tricolor fez a festa, garantindo o título. Julio César ( ex- Santo André e Londrina - PR), Caruzo, Laércio, Panzariello e Ozéas; Edmilson, Pelego ( ex- Maringá – PR) (Ailton Calango), e Esquerdinha ( defendeu várias equipes do interior paulista); Nasser, Jorginho e Ivanildo era o time naquela tarde.
Pensando no futuro
Apesar de passar por mãos de pessoas inteligentes e capacidades na administração, após a conquista do tri, só alcançou a glória novamente em 1994/95, onde o presidente Roberto Martins, contando com o apoio de jovens como Maninho de Barros, Chiquito ( falecido recentemente), Carlinhos Batico, Honório Magalhães, e Lulu do Mané Bernardo, contratou o treinador “Búfalo” Gil, ex-craque da seleção brasileira. A seu lado na comissão técnica contava com Gilmar Ferreira (preparador físico), Carlos Pedras (treinador de goleiros), e Geraldo Malaquias (Massagista). O plantel era formado por Hernandes, Agnaldo, Sálvio, Marquinhos, Iúca, Zé Valdo, Bujíca ( ex- Flamengo e Botafogo Carioca), Adrísson, Ferreirinha, Márcio, Jailson, Ado ( ex- Paraná – PR), Edson Luiz, Gersinho, Victor, Índio, Josenilson, Jonas, Wender ( futebol Português) e Abílio. Bujíca foi artilheiro do campeonato com 23 gols.
A decisão aconteceu no dia 04 de agosto de 1995, com o tricolor derrotando o União de Rondonópolis no Verdão por 2 X 1, gols de Vitor aos 12 do 1º tempo, e Iúca aos 04 minutos da 2ª etapa. Berg marcou o gol do União. Joelmes de Jesus apitou o jogo, e como auxiliares, Ari Euclides e Joilson Aleixo. O público de 1.935 pagantes proporcionou uma renda de R$ 19. 350,00. O Operário atuou com Agnaldo, Josenilson, Edson Luis, Índio e Zé Valdo (Adrisson); Ado, Victor, Gersinho e Iúca; Bujica e Wender.
Em 1996 Carlinhos Batico assumiu a direção, e apesar dos esforços, o time não ganhou nada. No ano seguinte, em 1997, Wandir Sguarezzi, com apoio dos jovens Maninho de Barros, Chiquito Barros, Dudu Campos, contando com Carlos Henrique Pedroso (Mosca) como diretor, aliado as experiências de Rubens dos Santos, Branco de Barros e Beraldo Correa, manteve Búfalo Gil no comando técnico, Gilmarzinho na preparação física, Gigi Boi na supervisão e Claudinor Sabiá como mordomo, conquistando mais uma vez o título estadual. Voltou a repetir o feito em 2002, e após passar quatro anos no jejum, ganhou novamente o título em 2006. No ano passado, em 2007, o campeão estadual foi o Cacerense, dirigido pelo ex-goleiro do Guarani, Birigui, e o Operário, dirigido por Gilmarzinho, com Totinha Gomes na presidência, aliado a juventude do filho Giorgio e dos sobrinhos Maninho de Barros e João José, além de Dudu Campos, filho do senador Jaime Campos, procuraram fazer o melhor pelo tricolor mais querido de Mato Grosso.




Acervo de Pulula da Silva.


OPERÁRIO DE TODOS OS TEMPOS – TIME DOS SONHOS
OBS: Matéria do Jornal Correio Várzea-grandense, divulgada pelo Editor de esportes do JC no dia 01 de maio de 2008, quando o tricolor comemorava mais um ano de vida.


Após uma pesquisa realizada recentemente com os torcedores do Operário desde o início dos anos 60, até os dias atuais, na era do profissionalismo, saiu a escolha do melhor time do Chicote da Fronteira de todos os tempos. Seria o time dos sonhos da fiel torcida do tricolor mais querido de Mato Grosso. No futebol atual, esse time faria bonito no Campeonato Brasileiro da Série A, comentaram os mais otimistas. O artilheiro Bife e o meia Mosca receberam indicação unânime da torcida, enquanto que Nivaldo Santana foi apontado pelos torcedores como melhor técnico, e Rubens dos Santos, fundador do clube, o mais completo e dinâmico presidente na história do Clube Esportivo Operário Várzea-grandense.

Em várias posições, a disputa foi voto a voto: ( Gol ) Carlos Pedras, Paulo Vitor,Saldanha e Mão de Onça; ( L. Direito ) JK e Paulinho Rosa; ( Zagueiros ) Glauco, Gaguinho, Gonçalo, Malaquias, Polaco e Panzariello; ( L. Esquerdo) Lira, Laércio e Darcy Avelino; ( P. Esquerda )Odenir, Wender e Ivanildo; ( Meio Campo ) Dirceu Batista, Vitor, Joel, Renato, Pastoril, Poxoréo, Vander, César, Humberto e Ruiter; ( P. Direita ) Zé Pulula, Jota Maria, Ide, Adavilson “Pelezinho” e Lucio “Bala”. Mosca e Bife foram unanimidade, sendo que para apontar o segundo centroavante no time dos sonhos do torcedor, a disputa foi acirrada entre Gilson Lira, Bujica, Fião, Gerson Lopes, Gebara, e teve quem lembrou também de Adalberto “ Brejinho “, Jaburu,Nasser e Jorge Cruz, além de Totinha, Osmar Rodovalho “ Mazinho”, Búfalo Gil e João Batista Jaudy como treinadores.

GOLEIRO: Carlos Pedras – 1972/73/74/75/76
LATERAL DIREITO: JK – 1963/64/67/68/71/72
ZAGUEIRO CENTRAL – GAGUINHO – 1971/72/73/74/78/79
4º ZAGUEIRO – GLAUCO – 1967/68/71
LATERAL ESQUERDO – LAÉRCIO “ABACATE” – 1983/84/85/86/87
MÉDIO VOLANTE – CÉSAR “ DIABO LOIRO” – 1972/73/78/79
MEIA DIREITA – MOSCA – 1976/78/79/80/83/84/86
MEIA ESQUERDA – RUITER – 1973/74/79
PONTA DIREITA – ZÉ PULULA – 1972/73/74/75/78/79
CENTROAVANTE – BIFE – 1971/72/73/74/75/83/85
PONTA ESQUERDA – IVANILDO – 1980/81/82/83/85/86/87/88
TREINADOR – Nivaldo Santana – 1973/1976/77/78/79/83/84
PRESIDENTE – RUBENS DOS SANTOS – 1950/51/52/53/54/55/56/57/58/59/60/62/67/71/72/75/76/81/82







HSTÓRIA DO OPERÁRIO, PARTE 01

Pesquisa Iniciada no ano de 1983 - José Eustáquio Pulula da Silva






Primeira Diretoria - 1949: Joaquim Santana, Rubens dos Santos, Luis Vitor da Silva(Presidente), Odemar Pereira, Mestre Dario e Manoel Santana




Primeiro Time - 01/05/1949. Da Direita para Esquerda: Goleiro Jorge Mussa, Alito, Gonçalo Gongon, Caetano, Nonô Sapateiro, Assis, Benedito Sapateiro, Boalva, Lindolfo, Ciro e Zé Simeão.

Bi-Campeão Cuiabano (1968) Em Pé: Gino(Massagista), Darcy Avelino, Adalberto, Gonçalo, JK, Walter e Glauco. Agachados: Jaburú, Fião, Gebara, Poxoréo e Odenir "Upa Neguinho".

Primeiro Campeão Cuiabano de Profissionais em 1967

Campeão dos Campeões de Mato Grosso - 1964. Em Pé: JK, Musse, Martinho, Formiga, Maneco, Ciro, Pádua, Saldanha e Vital. Agachados: Massagista(?), Ide "Inhara", Dasmaceno, Fião, Franklin, Licio Amorim. Mascote falecido Chiquito Correia, filho do saudoso Fancho.

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Liderados por Rubens dos Santos, com apoio do Bispo Dom Campello de Aragão, um grupo de jovens de Várzea Grande à 59 anos atrás, no dia 1º de maio de 1949, fundava o Clube Esportivo Operário Várzeagrandense, considerado o tricolor mais querido em Mato Grosso. Entre as grandes conquistas, estão o tri-campeonato amador em 1952/53/54, sendo pioneiro no profissionalismo, conquistando os títulos em 1967/68/72 ( Campeonato Cuiabano) e 1973 ( Campeonato Estadual). Inesquecível também foi a conquista da Copa Campeão dos Campeões em 1964, bem como o inédito tri-campeonato em 1985/86/87, na gestão do radialista Edvaldo Ribeiro, radialista, sendo o único presidente tri-campeão na história do clube. O Bispo Dom Campello de Aragão ( dizem que está vivo, residindo em Maceió – AL)doou as primeiras camisas, e por ser torcedor do Fluminense do Rio Janeiro, as cores foram idênticas a do clube carioca, permanecendo até a data atual.
Quanto ao nome, por ser a data em que se comemorava o Dia do Trabalhador, Rubens dos Santos achou por bem homenagear a classe, motivo do nome Operário.
A primeira partida aconteceu na do dia 1º de maio a tarde no Círculo Operário (Hoje funciona o Clube de Eventos Igreja N.S. do Carmo) na Rua Independência, centro de Várzea Grande, e o falecido Boalva fez o primeiro gol da história do clube na vitória de 1 X 0 diante do Palmeiras do Porto.
1ª DIRETORIA
O time dava o pontapé inicial em campo, e Rubens dos Santos convocava torcedores e simpatizantes do clube para a formação da 1ª diretoria. A reunião aconteceu no dia 15 de maio na casa de Joaquim Santana Rodrigues, com o falecido Luiz Vitor da Silva sendo escolhido como 1º presidente na história do Operário Várzea-grandense. A diretoria era composta ainda por Lamartine Pompeu de Campos, Joaquim Santana Rodrigues, Oldemar Pereira, Mestre Dario, Manoel Mendes de Oliveira, e Manoel Santana.
O Campeonato Amador Várzea-grandense era disputado por Bonsucesso e Vila Nova de Bonsucesso, Clube Atlético Souza-limense (Souza Lima), Campinas da Guarita, Soberano, Industrial (Porto) e Operário Várzeagrandense.
Filiou-se na FMD
O Campeonato Amador Várzea-grandense ficava pequeno pela grandeza do futebol que o Operário apresentava e o presidente Rubens dos Santos atravessou a ponte, filiando o clube em 1958 na Federação Mato-grossense de Desportos, presidida por Macário Zanacappe João de Deus. Nesse ano e em 1959, o Operário não foi bem, a não ser o empate histórico diante do Dom Bosco em 1 X 1, gol de Lindolfo, já em final de carreira . “Nesse dia o Maurão fechou o gol, e o azulão cuiabano, que tinha uma dupla de área infernal, formada por Dasmaceno e Fião, nada fizeram contra nós. Foi uma glória empatar com um dos melhores times do Estado, com o Presidente Eurico Gaspar Dutra lotado”, avaliou Nassarden, atual Secretário de Educação e Cultura de Várzea Grande. Lembrou ainda de vários craques daquele time, a saber: Beraldo Correa, Iunes, Ali e Jafa Mussa, Maurão, Tião Macalé, Caboclo, Botelho, João Garrucha, Acimar, Berlindes Pacu e outros. Em 1961, Rubens dos Santos deixou a presidência do clube, assumindo Ari Leite de Campos, e o tricolor ficou na 4ª colocação.
No ano de 1963, Rubens dos Santos é eleito novamente presidente, renovando por completo o plantel, senão vejamos: Saldanha (Palmeiras), Poxoréo (Mixto), Lício Amorim e Vital (Atlético), Ide “Nhara” e Ben, (XV de Novembro). Com Rubens dos Santos como treinador surgia o “Rolo Compressor”, ganhando todos os títulos disputados naquele ano. O time titular era formado por Saldanha, Vital, Martinho, Formiga e Maneco; Poxoréo, Aélio e Tatu; Ide “Nhara”, Gildo (Ben) e Lício Amorim (Didi).
Campeão dos campeões
Em 1964, com Atair Monteiro, como presidente, e Rubens dos Santos na direção técnica, em partida emocionante com o Mixto, venceu por 3 X 1, gols de Fião, conquistando o titulo cuiabano, quando sofreu apenas uma derrota, 4 X 2 para o Americano, em um dia que nada deu certo, como afirmou o artilheiro do campeonato Fião, autor de 25 gols durante o certame. O poeta Silva Freire criou o slogan “ A Alama Alegre do Povo” após a conquista.
Em 1964 foi disputada a Copa dos Campeões dos Campeões,e a decisão aconteceu entre Operário (norte) e Ubiratan de Dourados (Sul) em duas partidas, com o Operário empatando a primeira em Dourados em 0 X 0, e uma semana depois, com o Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra lotado, após um empate em 0 X 0 no tempo normal, o Tricolor na prorrogação venceu por 1 X 0, gol de Ide “ Nhara”aos 13 minutos do segundo tempo. .
Implantação do profissionalismo
Em 1967, Rubens dos Santos, com muito sacrifício, ao lado de dirigentes como Ranulfo Paes de Barros, Joaquim de Assis, Macário Zanacape e Agripinio Bonillia,
Implantava o futebol profissional em Mato Grosso. “O cumpadre Rubens pode ser considerado o “pai” do nosso futebol, pois se não fosse ele, a sua perseverança, o futebol profissional chegaria muito mais tarde no Estado”, confirmou Atair Monteiro, presidente do clube na vitoriosa conquista do título de 1º Campeão dos campeões em 1964, e diretor na conquista do 1º título no futebol profissional.
A decisão do campeonato, conhecido com o “Clássico dos Milhões”, aconteceu diante do seu maior rival, Mixto, onde com duas vitórias, 1 X 0 e 3 X 1 respectivamente, ficou com o título.
O bi-campeonato com Branco de Barros na presidência e Tidinho Correa e Tio Odorico na direção técnica, aconteceu no ano seguinte, em 1968, e com dois gols de Fião e Jaburu completando o placar, vencendo o Mixto por 3 X 1. O time jogou a decisão com Walter, JK, Gonçalo, Glauco e Darcy Avelino; Adalberto” Brejinho”, Poxoréo e Gebara; Jaburu, (Ide), Fião e Odenir. Em 1969, apesar dos esforços do presidente Ditinho de Zaine, foi decepcionante a campanha tricolor, inclusive, com o clube pela 1ª vez na história, solicitando licença na FMD, ficando fora do campeonato de 1970.
Em 1971 Rubens dos Santos retorna ao clube, trazendo com ele um jovem radialista, Roberto França que assumia como treinador. Várias contratações foram feitas no futebol carioca e mineiro, quando chegaram Gaguinho (Botafogo), Jorge Cruz (Bonsucesso), Veludo (Madureira), Fagundes (Araxá e Araguari), e maior de todas, o artilheiro Bife, falecido recentemente, contratado ao LS de Campo Grande-MS, a pedido de Roberto França, que deixou o cargo no final do primeiro turno, assumindo João Batista Jaudy. O Operário foi vice-campeão, perdendo o título para o Dom Bosco em uma final emocionante, pelo placar de 3 X 2.
1º Campeão Estadual de Profissionais
Era do Operário as façanhas nas conquistas do título de Campeão dos Campeões em 1964, implantação do futebol profissional em 1967, onde foi campeão, e no ano de 1973, com o título sendo disputado em 74, conquistou o título de 1º Campeão Estadual de Futebol Profissional ( Mato Grosso ainda não tinha sido dividido). O time foi reforçado com as contratações de Paulinho ( ex- Operário de Campo Grande, Linense e Portuguesa de Desportos), Zé Pulula do Londrina – PR, Arlindo ( Goiânia), Ruiter (Mixto), Marcio ( futebol carioca), Dirceu Batista ( Cruzeiro), Carlos ( ex- goleiro do São Paulo em 1964 e Formiga - MG (1968), o lateral Lira e o irmão Gilson Lira ( ABC de Natal), e o treinador Totinha Gomes, ex- auxiliar de Don Freitas Solich no Atlético Mineiro, e campeão da 2ª Divisão mineira com o Paraense de Pará de Minas.
Antes era campeonato cuiabano, e a partir deste ano de 1973, passou a contar com participantes de todo estado, a saber: Operário, Dom Bosco, Palmeiras do Porto e Mixto de Cuiabá; Comercial, SEI ( Sociedade Esportiva Industriaria) e Operário de Campo Grande; Ubiratan e Douradense de Dourados; Comercial ( Poconé) e União de Rondonópolis, Marítimos e Corumbaense de Corumbá. Foram disputados 3 turnos, com o Operário ganhando dois, e assim foi para a decisão em uma melhor de quatro pontos com a vantagem de 1 ponto Após empatar a 1ª partida em 0 X 0, Operário na decisão, em um domingo pela manhã, goleou o Dom Bosco por 4 X 0, com 2 gols de Bife, com Ruiter e César completando o marcador. Por ocasião da conquista, o tricolor contou vários treinadores, iniciando com Totinha Gomes, passando por João Batista Jaudy, Serjão( ex-zagueiro do América Carioca), Capitão Piramy, Airton Diogo, Nivaldo Santana, Dasmaceno e na reta final, foi dirigido por um triunvirato, formado Beraldo Corea, Expedito Sabino e Rubens dos Santos. Airton Vieira de Morais (Sansão) foi o árbitro da partida. Na diretoria as presenças de Rubens dos Santos, Ingo Klein, Branco de Barros, Fioriavante Fortunato, Eduardo Saraiva, Segala e Jota Maia, e Murilo Godoy, responsável pelo departamento médico do clube.
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(Acervo Pulula Da Silva)

PULULA SERTANEJO


HISTÓRIA DA VIOLA CAIPIRA

COMEÇOU NO SÉCULO XX E HOJE É MINA DE OURO PARA QUEM TEM SORTE E TALENTO


Na história da música caipira conta que tudo começou no início do século XX e hoje chega como uma mina de ouro para quem sorte e talento. A musica sertaneja é a expressão da emoção humana. É a emoção que vem da cultura rural, sendo tema principal para a inspiração da verdadeira música raiz, raízes fincadas num mundo que bem expressa os mais puros sentimentos humanos.
Voltando ao passado, a musica caipira ( modão) começou a aparecer em 1910, quando foi feita em São Paulo a primeira mobilização de cantores e violeiros do interior paulista para demonstração ao público urbano, através de Cornélio Pires, levando ainda alguns anos para que a original musica caipira deixasse a zona rural, atingindo o público das cidades.
Segundo a história da musica raíz, nem mesmo o musico e compositor Angelino de Oliveira, que em 1926 fez a toada paulista “Tristeza do Jeca”, conseguiu que a música rural fosse reconhecida como gênero musical. Somente no ano de 1929, a música caipira original surgiu no mercado fonográfico com etiqueta própria, selo vermelho, com numeração a partir de 20 mil, e sem receber apoio das gravadoras. “Poucos acreditavam no meu projeto musical”, disse Pires na época, complementado que” era um novo gênero musical ( caipira) procurando espaço, mas as portas não queriam se abrir para receber a viola caipira”.
Com todas as dificuldades, Cornélio Pires assumiu sozinho o financiamento, gravação e produção de seus discos, abrindo assim a “estrada musical”, por onde trafegam hoje nomes famosos e ricos da nossa música sertaneja brasileira, entre eles Zezé de Camargo e Luciano, Matogrosso e Mathias, César e Menotti, Leonardo, Rick e Renner, Daniel, César e Paulinho, João Bosco e Vinícius, Milionário e José Rico, Chitãozinho e Xororó, Chico Rey e Paraná e, em Mato Grosso, destaque para Zé Antonio e Divaney, João Carreiro e Capataz, Brenno Reis e Marco Viola, João Marcos e Marcel, Dois a Um e outros.
Retornando no tempo, entre os anos de 1930 a 1940, através de Raul Torres, João Pacífico, Teddy Vieira, Nhô Belarminio, Cornélio Pires e João Batista Pinto, compositores de músicas raiz, a viola caipira já começava aparecer em festas de igrejas, praças públicas, faltando apenas ganhar a credibilidade dos radialistas da época.
RESISTÊNCIA NO RÁDIO, SURGIU A TELEVISÂO
O marco da resistência do rádio e sua musicalidade regional aconteceu entre 1940 e 1945, quando criou – se um novo estilo : a chamada musica sertaneja, quando começaram a surgir uma legião de duplas e cantores solos interpretando o novo gênero musical. Na mesma época, no cinema, um caipira fazia platéias lotadas morrerem de tanto rir com a interpretação de Amacio Mazzaropi, que cantava composições suas e de outros autores sobre o cotidiano do dia-a-dia da vida rural. Com evolução musical, num período de apenas cinco anos, passaram de 65 para 117 emissoras de rádios, onde hoje, tem se a estimativa que o arsenal de aparelhos receptores tem uma marca de 3 milhões de rádios AMs, FMs, Comunitárias no Brasil, além dos internautas espalhados por todo o mundo.
Com o surgimento da televisão em 1950, uma nova vitrine surgia para a musica sertaneja. Tonico e Tinoco deram o “ponta pé” inicial, participando da programação de estréia da extinta TV Tupy, e são considerados até hoje como os “Pais e Dupla Coração do Brasil, ( chavão que costumo dizer durante o meu programa “Sertanejo Bom Demais” pela Rádio Bandeirantes AM). Em meados de 1955, a inovação tecnológica contribuiu para o crescimento da música sertaneja com o surgimento do LP, o Long Play, disco vinil. Virou febre por todo país entoar uma canção sertaneja com o aparecimento de duplas como Tião Carreiro e Pardinho, Zilo e Zalo, Sulino e Marrueiro, Nenete e Dorinho, Zico e Zeca, Líu e Léu, Lourenço e Lourival, Palmeira e Biá, Caçula e Marinheiro, Cascatinha e Nhana, Luisinho e Limeira e Zé Carreiro e Carreirinho. Adauto Ezequiel, o Carreirinho,85 anos, é uma lenda viva na música caipira. Ex- parceiro de Zé Carreiro e de Tião Carreiro, já mortos, e ainda com Zita Carreiro, tornou-se referência para outros artistas do segmento, e desde 1990, forma dupla com Carreiro, onde continua em plena atividade, gravando CDs, DVDs, e fazendo apresentações por todo o Brasil,inclusive, tem um compromisso de uma vez por ano vir a Mato Grosso, onde participa de uma roda de violeiros em uma fazenda de Poxoréo. De acordo com o pesquisador Roberto Stranganelli, Carreirinho é considerado o “Pai da Viola”.

DITADURA E ESTILO NOVO
Em 1960 a ditadura militar propiciou o surgimento da música de protesto, composta por jovens autores influenciados pela música regional que passavam em suas obras todo sentimento da insatisfação popular. Apesar de que em 1970, apenas 33% da população de 95 milhões brasileiros ainda habitarem na zona rural, a saudade do interior tornou-se o principal argumento para a música. Na época, o cantor mexicano Miguel Aceves Mejia, que lutou também de 1937 á 1948 para popularizar suas canções rancheiras na América do Norte, fazia muito sucesso também no Brasil, motivando nossos artistas a imita-lo, e foi nessa década que surgiu duplas consagradas como Pedro Bento e Zé da Estrada, Milionário e José Rico, Chico Rey e Paraná, César e Paulinho, Zé Mulato e Cassiano, Belmonte e Amarai, Matogrosso e Mathias, Trio Parada Dura, Leandro e Leonardo, Peão Carreiro e Zé Paulo, Léo Canhoto e Robertinho, Chitãozinho e Xororó, Tibagi e Miltinho, Gino e Geno, Ataíde e Alexandre, Durval e Davi, Juliano e Jardel, Waldery e Mizael, Matogrosso e Mathias, Ronaldo Viola e João Carvalho, e o cantor solo, Sérgio Reis, que em entrevistas, sempre confirmam que Miguel Aceves Majia, de fato, foi quem deu o verdadeiro embalo na musica sertaneja brasileira atual, com sucesso em todo o mundo. É bom lembrar que consagrados compositores surgiram paralelamente com o sucesso dos artistas,entre eles Anacleto Rosas, Goiá, Zacarias Mourão, Lourival dos Santos, Paraíso, Luiz de Castro, José Homero, Benedito Seviero, Nono Basílio, Ronaldo Adriano, Roniel e Valdemar de Freitas Assunção.
ESTRADA DA VIDA
Além de cantar, José Rico, parceiro de Milionário, é também compositor, e escreveu 90% de seus modões gravados até hoje. Tempos atrás, na extinta Rádio Antena FM - MT, durante uma entrevista no meu programa BR 93, me disse de como surgiu a música Estrada da Vida, considerada como um dos hinos da música sertaneja brasileira.” Fizemos um show em Mineiros – GO, e na volta, chovendo, e na tranqüilidade da madrugada, sem sono, sentado no banco ao lado motorista, na frente no ônibus, comecei a olhar o infinito da estrada e, de estalo, comecei a escrever a letra. Quando chegamos em Uberlândia, já em Minas Gerais, o modão Estrada da Vida estava pronto, e tudo bi....Zuuummm ! É tocado até hoje em todas as rádios do país. Isso aconteceu em 1976”, finalizou José Rico, o “Garganta de Ouro” do Brasil, que já recebeu o título de Cidadão Mato-grossense de autoria do ex- deputado Amador Tut, pois além de alegrar o povo com suas canções, fincou raízes por aqui, sendo um próspero empresário agropecuário em Mato Grosso, possuindo fazenda em Paranatinga, distante 700 quilômetros da capital Cuiabá.
Acervo Pulula da Silva



sábado, 10 de janeiro de 2009

Galeria de Fotos

Pulula da Silva e sua Neta Maria Eduarda, a Duda, em seu aniversário de quatro aninhos.
Pulula da Silva, Odilza Maria e os Filhos Ivonete Maria e Rafael Rodrigo.

Convocados para defender a seleção Mato-grossense no ano de 1974.

Clube Atlético Paraminense- Pará de Minas MG.
Em Pé: Luis Davi(Treinador), Edson Borracha, Nando Capacete, Cabinho, Hidelmano, Julião, Fabinho Boi e Wilham Carlota.
Agachados: Zezé Pulula, Barbacena, Klebinho, João Mauricio e Telme.