sábado, 10 de janeiro de 2009

História de Pulula da Silva

Clube Esportivo Operário Varzea-grandense. 1°Campeão de Profissionais do Futebol Mato-grossense em 1973 .

Em pé: Lira, Joel Diamantino, Carlos Pedra, Marcio, Gaguinho, Paulo Fernandes e Tyressolis(Massagista).
Agachados: Zé Pulula, César "Diabo Loiro", Bife, Gilson Lira e Ruiter.Mascostes: Ingo Klein Junior e Juninho Paô "Manchinha".
Natural de Pará de Minas - MG, filho de Antonio Pereira da Silva ( Antonio do Romualdo) e Durvalina Maria Pereira, José Eustáquio Pulula da Silva, o Lula (Zé Pulula), ex-ponta direita do Clube Atlético Paraminense, Londrina - PR, Rio Branco - MG, Operário Várzea-grandense - MT e Paulista de Jundiai - SP, hoje aos 55 anos, reside em Várzea Grande – Mato Grosso, onde é comunicador sertanejo e jornalista. Lula iniciou no Clube Atlético Paraminense, time amador de maior tradição no futebol de Pará de Minas. O centroavante na época é hoje o deputado estadual Antonio Julio de Farias, prefeito da cidade em duas oportunidades. Lá era conhecido como Zezé Biscoito, e por indicação de Dalmi Assunção e Luiz Viana David, foi levado pelo diretor Pedro Assunção para o Londrina, no Paraná, onde se profissionalizou com apenas 17 anos. "Era o ano de 1971, e eu estava treinando ( Fazendo testes ) nos juvenis do Atlético Mineiro, que tinha Getulio, Marcio Paulada, Toninho Cerezo, Marcelo Oliveira, e o Reinaldo era dente de leite, e tinha chegado recentemente de Ponte Nova", disse Lula, confirmando ainda que recebeu o convite para ir para o Paraná, “e nem me reapresentei na segunda-feira ao Barbatana"
No Londrina, em 1972, passou a se chamar Zezé Pulula, pouco jogava, mas convivia com várias feras do futebol brasileiro,e isso era o mais importante. Teve grandes treinadores, entre eles Geraldo Magela (Mineiro de Juiz de Fora), Murilo Zamboni, Iraci Martins, Walter Xavier ( Prep. Físico) e Orlando Fantoni. Como presidente, grandes nomes, entre eles Franquello, Jaci Scaff, Fernando Agudo Romão e o advogado Mauro Vioto, além do seu descobridor Pedro Assunção, que depois viria a ser diretor do Cruzeiro em Minas Gerais. O time era uma constelação de craques com renome no futebol brasileiro: Neneca (ex- Guarani de Campinas), Lauricio (ex-Fluminenese e Internacional), Batista, Café e Hale (trocados por um ônibus com o América Mineiro), Valmir Louruz (ex-Inter - RS), Zé Rubens (pai de Wagner – ex-Santos, São Paulo e Vasco da Gama), Davi (ex-Santos, Cruzeiro MG e Corinthians), Joel Camargo (ex-Santos), Abel (ex-ponta do Santos e América Carioca - jogava muito), Golê (ex-São José, Mixto e Corinthians), Neco (ex-lateral do Corinthians e Cruzeiro), Jardel (ex-Fluminense e Inter-RS), Canhoto (ex-São Paulo e Inter -RS), Toquinho (ex- Atlético Paranaense) e outros.
Em 1973 foi negociado com o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense - MT, passando a se chamar Zé Pulula, e foi onde se casou com atual esposa, Odilza Maria, que lhe deu dois filhos, Rafael Rodrigo e Ivonete, que lhe deu a linda netinha Maria Eduarda, a Duda. No Tricolor ganhou todos os títulos possíveis, e foi várias vezes convocado para a seleção mato-grossense, e no final de 1975, através dos irmãos Alvaro e Oscar Scolfaro (ex-árbitro da Federação Paulista e Fifa), foi negociado em uma troca envolvendo Adalberto, Humberto, Mosca e Adilson, sendo repassado a seguir para o Paulista de Jundiaí, onde mais uma vez trocaram seu nome, passando a se chamar Lula no futebol paulista.
No auge da carreira, em 1977, teve duas sérias contusões, fraturando a clavícula diante do Corinthians no 1º turno do Paulistão, em um lance com Cláudio Mineiro, e no final do ano, em um amistoso contra o Guairense, teve os ligamentos do joelho direito rompidos, e nunca mais voltou a ser o mesmo que encantava a torcida do Galo do Japi (Gamor) nos anos 1976/77 e no Paulistinha de 1978, quando o Paulista foi campeão, vencendo o Juventus-SP por 1 X 0, gol de Gil. O treinador era José Macia (Pepe), e o Paulista jogou com Edson Mug, Lazinho, Marco, Djalma Santos (Domingos) e Lazinho (ex-Atlético Paranaense e Portuguesa Santista); Vicente, Benetti (ex-Vasco da Gama) e Gil (ex-Palmeiras); Lula (Zé Pulula), Souza (ex- Bragantino) e Daércio (ex-Corinthians Paulista).Conforme Lula, o plantel era muito bom e tinha ainda Vaninho, Lasaro, Cicero, Tiãozinho, Alceu, Brinda, Amaral (pai dos zagueiros Alex Silva do São Paulo e Luisão do Benfica), Walter Paulista, Bosco, Nobre ( Ex- Corinthians), Fernandinho "Véio", Marco Antonio Telefone, Tuti e outros.
No Paulista teve como presidente e diretores Wanderley Pires, "Doutor" Manoel, Décio Dangery, Osmar, Tolmiro Fabrício, Ibis Cruz e Jovelino Peixoto, e como treinadores, além de Pepe e Dalmo Gaspar como auxiliar, tem grandes recordações de Roberto Belangero (um dos maiores treinadores que tive ao lado de Orlando Fantoni), Borracha, Roberto Bonora, Alércio Borelli e Pedro Beagin.
Com sequelas da contusão, deixou Jundiaí no segundo semestre de 1978, e voltou ao Operário de Várzea Grande para o returno do estadual e Campeonato Brasileiro. Pouco jogou, pois o joelho estava sempre com derrame, e mesmo assim, a convite do treinador Urubatão Calvo Nunes, realizou exames médicos na Portuguesa de Desportos em 78. "Seo Osvaldo Teixeira Duarte e Urubatão eram fãs do meu futebol, mas infelizmente não passei nos exames médicos". Lula (Zé Pulula) passou ainda pelo Uberlândia, Vila Nova e Valeriodoce (1979/80) em Minas Gerais, onde a permanência era curta, treinava, agradava, e sempre por causa da contusão no joelho era obrigado a ir embora. "Quando o Velo Clube de Rio Claro subiu para a Divisão Especial Paulista, indicado pelo lateral Santos, ex-Portuguesa de Desportos e Ponte Preta, cheguei a acertar o contrato, mas novamente o joelho incomodou”.
Prematuramente resolveu abandonar o futebol, retornando a Mato Grosso para assumir as categorias inferiores do Operário, e por insistência do treinador Milton Buzeto, na época, treinador do tricolor, quase operou o joelho e voltou a jogar. "Era o ano de 1982, o Sertãozinho presidido pela família Balbo interessou pela minha volta ao futebol por indicação do Mosca". Lula retornou ao interior paulista, e no time do Sertãozinho, grandes feras, entre elas Alfredo (ex-Botafogo de Ribeirão Preto e Guarani de Campinas), Itamar (goleiro do Atlético Goianiense), Celso Orlandin (ex-Comercial de Ribeirão Preto) e outros.
"O treinador era o Almeida, um ex-meia que brilhou no interior paulista, depois veio Macalé, um lateral que travou bons duelos comigo por ocasião de partidas do Paulista diante do Botafogo. Cheguei a jogar uma partida amistosa diante do Palmeiras na volta de Luis Pereira (ganhei a camisa dele), e outros amistosos". O pai, "seo" Antonio Romualdo, sofreu um derrame cerebral em Minas Gerais (faleceu durante a Copa do Mundo), e lá foi Lula ficar junto do pai em Belo Horizonte. "O hospital São Francisco fica no bairro Barreiro, próximo a Contagem, da sede social do América Mineiro, que tinha o treinador Duque no comando, e a convite do falecido meia Cláudio Barbosa, passei a dividir meu tempo com os treinamentos no América, e como o treinador já me conhecia do futebol paulista, tudo encaminhava para uma assinatura de contrato, e até cheguei a jogar uma partida amistosa na inauguração do Estádio de Nanuque, divisa com a Bahia. Era a estréia do meia Luis Alberto, uma das grandes revelações do futebol mineiro, que tinha feito muito sucesso no Valeriodoce. Após o jogo, para não perder o costume, meu joelho inchou, provocando novamente um derrame, e resolvi que desta vez iria parar", afirmou Lula.
Mesmo ‘capengando’, disputou a Segunda Divisão Mineira pelo Rio Branco de Pará de Minas em 1982, onde após a dispensa do treinador Arizona, pela primeira vez, assumiu a condição de treinador de uma equipe profissional. “Jogava e dirigia o time, e fui eu que lancei com apenas 16 anos no profissionalismo o goleiro Rômulo, que anos depois chegou a ser titular do Clube Atlético Mineiro”.
Após o final da Segundona Mineira, recebeu convites do Guarani de Divinópolis, Nacional de Uberaba e América de Alfenas para voltar a jogar. “Resolvi parar definitivamente, e voltar para Mato Grosso, onde estou até hoje, como jornalista no Correio Várzea-grandense, e tocando “modões” apaixonados para o povo, e sou muito feliz ao lado de minha família e amigos que me rodeiam”.
Em 1984 estreou na Rádio A voz do Oeste de Cuiabá, escrevendo ainda a página de esportes do jornal Correio Várzea-grandense, passando também a ser o correspondente do extinto jornal A Gazeta Esportiva de São Paulo, no Estado de Mato Grosso. "Essa força ganhei do "seo" Yochiro Watanabe, a quem agradeço até hoje, pois foi o maior embalo que tive para entrar para o meio jornalístico do estado", disse Lula ( Pulula ).
Em 1988 estreou seu programa "Sertanejo Bom Demais" na Rádio Industrial – Bandeirantes, com a força de Valdelino Ribeiro e Inagel Coelho, passando depois pela Rádio Cultura de Cuiabá, Antena FM, Cuiabana FM, além do programa “Sertanejo Bom Demais”, na TV Mundial – CNT, Canal 27, por 6 anos, e por último na Industrial - Bandeirantes AM, afiliada da Bandeirantes de São Paulo em Mato Grosso. Em dezembro último recebeu uma proposta irrecusável do prefeito Murilo Domingos e de Jefferson Missias, Secretário de Comunicação do município, assumindo a direção geral da Rádio Coletiva Municipal, onde funciona o sistema de Som&Imagem do Terminal Rodoviário André Maggi. Pulula também é funcionário público (Agente de Comunicação concursado e efetivado há 23 anos), e jornalista do Correio Várzea-grandense desde a sua fundação em 1984. Se diz honrado de ter recebido todas as homenagens possíveis, entre elas títulos de cidadão várzea-grandense, cuiabano e mato-grossense, além ter seu nome na sala oficial de imprensa do Palácio Benedito Gomes, onde funciona a Câmara dos Vereadores, na Praça dos Três Poderes. Lula ( Zé Pulula) faz questão de agradecer que se hoje tem um vida tranqüila ao lado da família e amigos em Mato Grosso, ao “Velho Guerreiro” Rubens dos Santos, fundador e eterno presidente do Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense. “ Foi quem ao lado do falecido filho Renato dos Santos, me deu a oportunidade de vencer na vida, conseguindo uma profissão após o futebol. Hoje, juntamente com o seu neto Renato dos Santos Junior, atual Diretor – Presidente do Correio Várzea- Grandense, tenho orgulho de ser um dos funcionários mais antigos deste conceituado jornal diário do Estado de Mato Grosso”, finalizou.



Direitos reservados para o acervo Pulula da Silva

Um comentário:

Unknown disse...

POR FAVOR ZÉ PULULA, QUEM SÃO OS INTÉRPRETES DA MÚSICA "PILÃO DE ARUEIRA" QUE TOCAVA MUITO EM SEU PROGRAMA BR 93, NÃO CONSIGO ACHAR EM LUGAR NENHUM NA INTERNET, ESTA MÚSICA É BOA DEMAIS, MANDE O ARQUIVO EM MP3 PRA MIM POR FAVOR.