domingo, 11 de janeiro de 2009

HSTÓRIA DO OPERÁRIO, PARTE 01

Pesquisa Iniciada no ano de 1983 - José Eustáquio Pulula da Silva






Primeira Diretoria - 1949: Joaquim Santana, Rubens dos Santos, Luis Vitor da Silva(Presidente), Odemar Pereira, Mestre Dario e Manoel Santana




Primeiro Time - 01/05/1949. Da Direita para Esquerda: Goleiro Jorge Mussa, Alito, Gonçalo Gongon, Caetano, Nonô Sapateiro, Assis, Benedito Sapateiro, Boalva, Lindolfo, Ciro e Zé Simeão.

Bi-Campeão Cuiabano (1968) Em Pé: Gino(Massagista), Darcy Avelino, Adalberto, Gonçalo, JK, Walter e Glauco. Agachados: Jaburú, Fião, Gebara, Poxoréo e Odenir "Upa Neguinho".

Primeiro Campeão Cuiabano de Profissionais em 1967

Campeão dos Campeões de Mato Grosso - 1964. Em Pé: JK, Musse, Martinho, Formiga, Maneco, Ciro, Pádua, Saldanha e Vital. Agachados: Massagista(?), Ide "Inhara", Dasmaceno, Fião, Franklin, Licio Amorim. Mascote falecido Chiquito Correia, filho do saudoso Fancho.

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Liderados por Rubens dos Santos, com apoio do Bispo Dom Campello de Aragão, um grupo de jovens de Várzea Grande à 59 anos atrás, no dia 1º de maio de 1949, fundava o Clube Esportivo Operário Várzeagrandense, considerado o tricolor mais querido em Mato Grosso. Entre as grandes conquistas, estão o tri-campeonato amador em 1952/53/54, sendo pioneiro no profissionalismo, conquistando os títulos em 1967/68/72 ( Campeonato Cuiabano) e 1973 ( Campeonato Estadual). Inesquecível também foi a conquista da Copa Campeão dos Campeões em 1964, bem como o inédito tri-campeonato em 1985/86/87, na gestão do radialista Edvaldo Ribeiro, radialista, sendo o único presidente tri-campeão na história do clube. O Bispo Dom Campello de Aragão ( dizem que está vivo, residindo em Maceió – AL)doou as primeiras camisas, e por ser torcedor do Fluminense do Rio Janeiro, as cores foram idênticas a do clube carioca, permanecendo até a data atual.
Quanto ao nome, por ser a data em que se comemorava o Dia do Trabalhador, Rubens dos Santos achou por bem homenagear a classe, motivo do nome Operário.
A primeira partida aconteceu na do dia 1º de maio a tarde no Círculo Operário (Hoje funciona o Clube de Eventos Igreja N.S. do Carmo) na Rua Independência, centro de Várzea Grande, e o falecido Boalva fez o primeiro gol da história do clube na vitória de 1 X 0 diante do Palmeiras do Porto.
1ª DIRETORIA
O time dava o pontapé inicial em campo, e Rubens dos Santos convocava torcedores e simpatizantes do clube para a formação da 1ª diretoria. A reunião aconteceu no dia 15 de maio na casa de Joaquim Santana Rodrigues, com o falecido Luiz Vitor da Silva sendo escolhido como 1º presidente na história do Operário Várzea-grandense. A diretoria era composta ainda por Lamartine Pompeu de Campos, Joaquim Santana Rodrigues, Oldemar Pereira, Mestre Dario, Manoel Mendes de Oliveira, e Manoel Santana.
O Campeonato Amador Várzea-grandense era disputado por Bonsucesso e Vila Nova de Bonsucesso, Clube Atlético Souza-limense (Souza Lima), Campinas da Guarita, Soberano, Industrial (Porto) e Operário Várzeagrandense.
Filiou-se na FMD
O Campeonato Amador Várzea-grandense ficava pequeno pela grandeza do futebol que o Operário apresentava e o presidente Rubens dos Santos atravessou a ponte, filiando o clube em 1958 na Federação Mato-grossense de Desportos, presidida por Macário Zanacappe João de Deus. Nesse ano e em 1959, o Operário não foi bem, a não ser o empate histórico diante do Dom Bosco em 1 X 1, gol de Lindolfo, já em final de carreira . “Nesse dia o Maurão fechou o gol, e o azulão cuiabano, que tinha uma dupla de área infernal, formada por Dasmaceno e Fião, nada fizeram contra nós. Foi uma glória empatar com um dos melhores times do Estado, com o Presidente Eurico Gaspar Dutra lotado”, avaliou Nassarden, atual Secretário de Educação e Cultura de Várzea Grande. Lembrou ainda de vários craques daquele time, a saber: Beraldo Correa, Iunes, Ali e Jafa Mussa, Maurão, Tião Macalé, Caboclo, Botelho, João Garrucha, Acimar, Berlindes Pacu e outros. Em 1961, Rubens dos Santos deixou a presidência do clube, assumindo Ari Leite de Campos, e o tricolor ficou na 4ª colocação.
No ano de 1963, Rubens dos Santos é eleito novamente presidente, renovando por completo o plantel, senão vejamos: Saldanha (Palmeiras), Poxoréo (Mixto), Lício Amorim e Vital (Atlético), Ide “Nhara” e Ben, (XV de Novembro). Com Rubens dos Santos como treinador surgia o “Rolo Compressor”, ganhando todos os títulos disputados naquele ano. O time titular era formado por Saldanha, Vital, Martinho, Formiga e Maneco; Poxoréo, Aélio e Tatu; Ide “Nhara”, Gildo (Ben) e Lício Amorim (Didi).
Campeão dos campeões
Em 1964, com Atair Monteiro, como presidente, e Rubens dos Santos na direção técnica, em partida emocionante com o Mixto, venceu por 3 X 1, gols de Fião, conquistando o titulo cuiabano, quando sofreu apenas uma derrota, 4 X 2 para o Americano, em um dia que nada deu certo, como afirmou o artilheiro do campeonato Fião, autor de 25 gols durante o certame. O poeta Silva Freire criou o slogan “ A Alama Alegre do Povo” após a conquista.
Em 1964 foi disputada a Copa dos Campeões dos Campeões,e a decisão aconteceu entre Operário (norte) e Ubiratan de Dourados (Sul) em duas partidas, com o Operário empatando a primeira em Dourados em 0 X 0, e uma semana depois, com o Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra lotado, após um empate em 0 X 0 no tempo normal, o Tricolor na prorrogação venceu por 1 X 0, gol de Ide “ Nhara”aos 13 minutos do segundo tempo. .
Implantação do profissionalismo
Em 1967, Rubens dos Santos, com muito sacrifício, ao lado de dirigentes como Ranulfo Paes de Barros, Joaquim de Assis, Macário Zanacape e Agripinio Bonillia,
Implantava o futebol profissional em Mato Grosso. “O cumpadre Rubens pode ser considerado o “pai” do nosso futebol, pois se não fosse ele, a sua perseverança, o futebol profissional chegaria muito mais tarde no Estado”, confirmou Atair Monteiro, presidente do clube na vitoriosa conquista do título de 1º Campeão dos campeões em 1964, e diretor na conquista do 1º título no futebol profissional.
A decisão do campeonato, conhecido com o “Clássico dos Milhões”, aconteceu diante do seu maior rival, Mixto, onde com duas vitórias, 1 X 0 e 3 X 1 respectivamente, ficou com o título.
O bi-campeonato com Branco de Barros na presidência e Tidinho Correa e Tio Odorico na direção técnica, aconteceu no ano seguinte, em 1968, e com dois gols de Fião e Jaburu completando o placar, vencendo o Mixto por 3 X 1. O time jogou a decisão com Walter, JK, Gonçalo, Glauco e Darcy Avelino; Adalberto” Brejinho”, Poxoréo e Gebara; Jaburu, (Ide), Fião e Odenir. Em 1969, apesar dos esforços do presidente Ditinho de Zaine, foi decepcionante a campanha tricolor, inclusive, com o clube pela 1ª vez na história, solicitando licença na FMD, ficando fora do campeonato de 1970.
Em 1971 Rubens dos Santos retorna ao clube, trazendo com ele um jovem radialista, Roberto França que assumia como treinador. Várias contratações foram feitas no futebol carioca e mineiro, quando chegaram Gaguinho (Botafogo), Jorge Cruz (Bonsucesso), Veludo (Madureira), Fagundes (Araxá e Araguari), e maior de todas, o artilheiro Bife, falecido recentemente, contratado ao LS de Campo Grande-MS, a pedido de Roberto França, que deixou o cargo no final do primeiro turno, assumindo João Batista Jaudy. O Operário foi vice-campeão, perdendo o título para o Dom Bosco em uma final emocionante, pelo placar de 3 X 2.
1º Campeão Estadual de Profissionais
Era do Operário as façanhas nas conquistas do título de Campeão dos Campeões em 1964, implantação do futebol profissional em 1967, onde foi campeão, e no ano de 1973, com o título sendo disputado em 74, conquistou o título de 1º Campeão Estadual de Futebol Profissional ( Mato Grosso ainda não tinha sido dividido). O time foi reforçado com as contratações de Paulinho ( ex- Operário de Campo Grande, Linense e Portuguesa de Desportos), Zé Pulula do Londrina – PR, Arlindo ( Goiânia), Ruiter (Mixto), Marcio ( futebol carioca), Dirceu Batista ( Cruzeiro), Carlos ( ex- goleiro do São Paulo em 1964 e Formiga - MG (1968), o lateral Lira e o irmão Gilson Lira ( ABC de Natal), e o treinador Totinha Gomes, ex- auxiliar de Don Freitas Solich no Atlético Mineiro, e campeão da 2ª Divisão mineira com o Paraense de Pará de Minas.
Antes era campeonato cuiabano, e a partir deste ano de 1973, passou a contar com participantes de todo estado, a saber: Operário, Dom Bosco, Palmeiras do Porto e Mixto de Cuiabá; Comercial, SEI ( Sociedade Esportiva Industriaria) e Operário de Campo Grande; Ubiratan e Douradense de Dourados; Comercial ( Poconé) e União de Rondonópolis, Marítimos e Corumbaense de Corumbá. Foram disputados 3 turnos, com o Operário ganhando dois, e assim foi para a decisão em uma melhor de quatro pontos com a vantagem de 1 ponto Após empatar a 1ª partida em 0 X 0, Operário na decisão, em um domingo pela manhã, goleou o Dom Bosco por 4 X 0, com 2 gols de Bife, com Ruiter e César completando o marcador. Por ocasião da conquista, o tricolor contou vários treinadores, iniciando com Totinha Gomes, passando por João Batista Jaudy, Serjão( ex-zagueiro do América Carioca), Capitão Piramy, Airton Diogo, Nivaldo Santana, Dasmaceno e na reta final, foi dirigido por um triunvirato, formado Beraldo Corea, Expedito Sabino e Rubens dos Santos. Airton Vieira de Morais (Sansão) foi o árbitro da partida. Na diretoria as presenças de Rubens dos Santos, Ingo Klein, Branco de Barros, Fioriavante Fortunato, Eduardo Saraiva, Segala e Jota Maia, e Murilo Godoy, responsável pelo departamento médico do clube.
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(Acervo Pulula Da Silva)

3 comentários:

julio diogo disse...

PARABÉNS PELO SITE. GOSTARIA DE SABER SE O AMIGO TEM INTERESSE EM REALIZAR PESQUISA DO FUTEBOL MATOGROSSENSE. ME ESCREVA:
juliodiogo@litoral.com.br

Unknown disse...

Conheci o Zé Pulula como correspondente da gazeta esportiva.Eu trabalhava como apresentador do programa Poliesportes da Tv Brasil Oeste.Gente boa taí !! sempre divulgou o futebol de Mt pelo Brasil afora,um grande camarada,um grande colega de profissão.Meu nome Paulo Fanaia ,hoje não trabalho mais na imprensa mas conheci grandes profissionais como Pulula,Carequinha,osmair Tiago,David Cezar,Lino pinheiro,Rubens Neves e o grande parceiro Ademir Rodrigues.Pulula um forte abraço companheiro ...vai o meu email profanaia@ibest.com.br

Unknown disse...

AMigo Pulula, navegando eu encontrei esse blog muito importante que conta um pouco da história do Operário Varzeagrandensse tal qual o senhor mesmo ajudou dentro e fora de campo a construir a sua história. Parabéns, de seu amigo Edvaldo